Ontem descobri que sou omnista. Eu nem sabia que tinha um nome para isso. Nem costumo procurar rótulos para me encaixar. Mas é uma desculpa pra escrever um texto sobre como encaro a religião.
Nasci numa família católica não muito praticante. Minha avó me ensinou a rezar pedindo proteção ao meu anjo da guarda. Em algum momento o anjo da guarda parou de me ouvir e parei de ver Deus como um ser todo poderoso. Minha melhor amiga da escola era evangélica e me deu uma Bíblia para eu ler. Comecei a perceber diferenças entre as duas crenças quando cheguei na parte que ensinam a rezar o “Pai Nosso”.
Desde criança tenho interesse por mitologias de todo o mundo, e mitologias são basicamente religiões politeístas.
Na adolescência, li uma frase do Buda (Sidarta Gautama) que, junto da famosa “conhece-te a ti mesmo”, de Sócrates, passou a ser um guia para minha vida. Quando eu estava no fim do curso superior, conheci a linhagem budista que pratico desde então.
Num passado mais recente, li algumas obras de Joseph Campbell e isso ampliou bastante minha visão sobre religiões e passei a ter mais respeito pela religião católica (que eu tinha perdido totalmente antes), e por todas as outras.
Assim, atualmente vejo a religião como ferramenta de desenvolvimento pessoal. Todas têm algum valor, e todas são caminhos para um mesmo objetivo, que é entendermos melhor a vida e a nós mesmos. E nenhuma mostra o caminho completo. É como se elas nos ensinassem a andar, e nós devemos, daí por diante, dar nossos próprios passos na estrada do autoconhecimento.
Uma última curiosidade: nasci num país onde, até poucos anos atrás, era comum ouvirmos pessoas dizendo que política, religião e futebol não se discute. Aqui estou eu, coach de comunicação, discutindo religião. Conheça e contrate meus serviços.
Respeite o direito autoral.
Nycka Nunes
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